UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA –
UFBA
ESCOLA POLITÉCNICA
ENG 441 – FADIGA
PROFESSOR: GERALDO NUNES DE QUEIROZ
ALUNO: CARLOS AUGUSTO MOTA DA LUZ
Exigências de uma análise de
fadiga
Aluno: Carlos Augusto Mota da
Luz
1. Objetivo:
Considerando
as situações práticas apresentadas no exercício – 1, determine para cada uma
delas:
- A classe de sofisticação na análise e projeto de Fadiga:
- O critério mais adequado para o projeto de Fadiga.
(Justifique as razões da escolha)
2.
Introdução:
O acúmulo do dano provocado
pela fadiga, que leva à falha final, é afetado por um número tão grande de
variáveis que em geral é necessário
testar a estrutura, seja em
laboratório, seja no campo,
para provar que ela é confiável.
O grau
de sofisticação na análise e no projeto de fadiga pode ser dividido em quatro classes,
dependendo do tipo de projeto desenvolvido e de sua responsabilidade, volume de
produção, etc..
•
PROJETO DE UM
EQUIPAMENTO PARA USO RESTRITO;
•
PROJETO DE UM NOVO
MODELO;
•
PROJETO DE UM NOVO
PRODUTO;
•
PROJETO DE ACORDO
COM NORMAS.
Os critérios para projeto de
fadiga foram sendo substancialmente alterados com o desenvolvimento da técnica
e do conhecimento do problema de fadiga. Os principais critérios são os seguintes:
•
PROJETO PARA VIDA INFINITA;
•
PROJETO PARA VIDA FINITA;
•
PROJETO PARA FALHA EM SEGURANÇA (FAIL SAFE);
•
PROJETO COM TOLERÂNCIA AO DANO.
3.
Grau de
sofisticação:
Exercício 1 – Hélice de um liquidificador
Gráfico tensão x tempo
3.1 Projeto
de um equipamento para uso restrito:
É o caso de um equipamento que vai ser usado na própria
indústria, seja para auxiliar a produção, para ensaios ou para obter
dados. Se o equipamento é submetido a cargas variáveis, ele deve ser
dimensionado quanto a uma falha por fadiga. O projetista deve assegurar uma segurança suficiente quanto à operação,
pelo uso de um coeficiente de segurança adequado.
3.2 Projeto
de um novo modelo:
Quando
existe um projeto e este sofre alterações, dados adicionais precisam ser
conhecidos, a partir de memoriais ou modelos anteriores. Peças rompidas de
modelos anteriores fornecem dados preciosos.
Antes
de fazer uma análise completa de tensões é possível determinar a relação entre
as tensões nos pontos mais significativos, a partir de medidas em protótipos e
assim reproduzir as mesmas condições para o novo projeto.
3.3 Projeto de um novo produto:
A
previsão das cargas atuantes é o fator mais importante. Depois do levantamento
das cargas, pode-se partir para a análise detalhada de fadiga de todos
elementos, com comprovação por meio de testes dos componentes, que podem levar
a modificações do projeto.
Sempre
que possível, protótipos de modelos devem ser testados para confirmar o
desempenho e a estimativa de cargas que foi feita preliminarmente.
3.4 Projeto
de acordo com normas:
A
regra de projeto de acordo com código interno à empresa, em geral, é um
procedimento conservativo de projeto. O projeto deve seguir um roteiro
preestabelecido, onde os procedimentos, métodos e limites admissíveis estão
contidos em normas e códigos, criados por sociedades de regulamentação e de
normalização.
Projetos
aeronáuticos, navais e de reservatórios submetidos a pressão são exemplos
típicos de situações governadas por normas, como da ASME, FAA, DIN, ISO e
outras.
4.
Grau de
sofisticação da hélice do liquidificador:
PROJETO DE ACORDO COM NORMAS
·
A regra de projeto
de acordo com código interno à empresa, em geral, é um procedimento
conservativo de projeto.
- Roteiro preestabelecido.
- Procedimentos, métodos e
limites admissíveis estão contidos em normas e códigos.
·
Produto disseminado
no mercado.
5.
Critérios para
projeto de fadiga:
5.1 – Projeto para vida infinita
Os
primeiros projetos mecânicos, levando em conta a fadiga, eram baseados em uma
segurança quanto à falha quase ilimitada, com os componentes dimensionados para
uma vida infinita. Esse critério exige que as tensões atuantes estejam
suficientemente abaixo da tensão limite de fadiga pertinente. Este é o enfoque
mais clássico da análise de fadiga, tendo sido proposta ainda no século
passado.
Exemplos:
Eixos de motores, molas de válvulas de um motor de combustão, engrenagens
industriais.
5.2 – Projeto para vida finita
Em muitas ocasiões as condições de carregamento são
sensivelmente imprevisíveis, ou, ao menos, inconstantes. A vida selecionada
para o projeto deve incluir uma margem de segurança (relações de vida máxima,
vida mínima da ordem de 10 para 1 são típicas nos ensaios de fadiga). O
dimensionamento ou análise pode ser tanto feito com base nas relações
tensão-vida (σ - N), deformação-vida (ε - N), ou ainda de propagação de trincas
pré-existentes (a - ΔK).
Exemplos:
Mancais de rolamento; reservatórios pressurizados; componentes automobilísticos
e motores a jato.
5.3 – Projeto para falha em segurança (Fail Safe)
Este
critério foi desenvolvido pelos engenheiros aeronáuticos, já que estes não
podem tolerar o peso adicional requerido por um coeficiente de segurança alto,
nem o risco de falha implícito por um coeficiente muito baixo. O critério para
falha em segurança considera a possibilidade de ocorrência de trincas de fadiga
e dispõem a estrutura de modo que as trincas não a levem ao colapso antes de
serem detectadas e reparadas.
Exemplos:
Fuselagens e asas de aviões, cascos de navios, pontes.
5.4 – Projeto com tolerância ao dano.
Este
critério é um refino da filosofia anterior de projeto. Parte-se do princípio de
que a estrutura possui uma fissura, seja por defeito de fabricação, seja devida
à operação (fadiga, corrosão sob tensão, etc.), e com os conceitos da Mecânica
da Fratura são desenvolvidos os projetos de modo que as trincas pré-existentes
não cresçam a um tamanho tal que leve à falha, antes que sejam detectadas pelas
inspeções periódicas.
Exemplos:
Fuselagens e asas de aviões, Reservatórios, tubulação e oleodutos.
6.
Critério para
projeto de fadiga na hélice do liquidificador:
Segurança
quanto à falha quase ilimitada, com os componentes dimensionados para uma vida
infinita.
Esse
critério exige que as tensões atuantes estejam suficientemente abaixo da tensão
limite de fadiga pertinente.
7.
Referências
Bibliograficas
Slides apresentados na sala de
aula.
http://www.ebah.com.br/fadiga-pdf-pdf-a1032.html
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