sábado, 3 de março de 2018

POSSÍVEL X IMPOSSÍVEL


Aluno: Carlos Augusto Mota da Luz
Matrícula: 875121009
MBA Gestão da Manutenção 14 A
Data: 20/08/2015
Estudo Dirigido
Prof Dr Carlos Linhares  

Textos para estudo, avaliação e questões

Leia atentamente o texto que segue e responda a seguir de acordo com o que for sendo questionado.

O poder nas organizações
O que é o poder? Como ele se desdobra em autoridade e onde se situa a liderança? O Programa Essência teve como objetivo empoderar seus participantes. Será que alcançamos?
O autor mais denso no tratamento do tema do poder continua sendo Max Weber. É dele a definição clássica que vamos retomar agora para instigar nossos debates.
Buscamos identificar os componentes pelos quais se manifesta o poder, destacando que a força é só mais um deles, embora tenha desempenhado papel crucial até os nossos dias; há um fortalecimento de outros componentes com o avanço de novas formas de organização e o incremento da tecnologia.
O conceito de poder
Um dos mais importantes processos sociais é a capacidade que possuem os indivíduos e grupos sociais, entre os quais as organizações, de modificarem o comportamento de outros grupos ou pessoas. Esse processo social, fundamental para os seres humanos, é que denominamos poder.
A maior parte dos cientistas sociais compartilha da idéia de que poder é a capacidade para afetar o comportamento dos outros. O poder pode ser considerado como um meio, que o grupo ou indivíduo tem, de fazer com que as coisas sejam realizadas por outros indivíduos ou grupos.
O poder ocorre em todas as relações sociais, e está disseminado em todas as sociedades e grupos sociais. O poder é uma qualidade que um indivíduo ou grupo social possui em relação a outros indivíduos ou grupos. Constitui, portanto, um fenômeno social, e não individual. Sua característica fundamental é que é um componente de uma relação social.
Para Max Weber:
Poder significa toda probabilidade de impor a própria vontade numa relação social, mesmo contra resistências, seja qual for o fundamento dessa probabilidade.
Inspirando-se em Weber, Robert Dahl elaborou uma definição de poder que pode ser considerada clássica nos estudos organizacionais: O poder de uma pessoa A sobre uma pessoa B é a capacidade de A de obter que B faça algo que não teria feito sem a intervenção de A.
Um conceito chave para Crozier e Friedberg é o de poder, que, “no plano mais geral, implica sempre a possibilidade, para alguns indivíduos ou grupos, de atuar sobre outros indivíduos ou grupos”. Desse modo, “atuar sobre o próximo é entrar em relação com ele; e é nesta relação onde se desenvolve o poder de uma pessoa A sobre uma pessoa B”, assim “o poder é, pois, uma relação e não um atributo dos atores”. (1990:55). Desse modo, para esses autores, o poder é uma relação de força da qual um pode obter mais vantagem que o outro, mas na qual, por outro lado, esse depende do outro que se submete.

Os componentes do poder

Como vimos, o poder se manifesta, invariavelmente, através de pelo menos três componentes: a força, a autoridade e a influência. Levando em consideração o aspecto da legitimidade, teríamos que o poder manifesto pela autoridade é legítimo, pois aceito pela sociedade, e nesse sentido teríamos um exercício de poder legítimo, baseado em três tipos “puros” de dominação: a autoridade burocrática ou racional; a tradicional; e a carismática.
Os outros componentes do poder poderiam não ser legítimos, mas da mesma forma manifestações efetivas e que, do nosso ponto de vista, constituem-se na força e na influência.
Vejamos cada um desses componentes do poder.
a) A força
Denominamos força o uso ou ameaça de coerção física. A coerção física pode ser expressa através de armas de todo tipo — uma lança, um revólver etc. — e é um importante atributo da força.
Os Estados reservam o monopólio de todos os meios importantes de coerção física para a polícia ou as forças militares (exército, marinha, aeronáutica). Uma das principais características do Estado é este monopólio que utiliza para manter a integridade e impor sua vontade sobre o conjunto do seu território.
No entanto, nos Estados nacionais cada vez mais surgem grupos que disputam com o Estado este monopólio da coerção física. Um dos exemplos mais presentes é o crime organizado. Estes grupos muitas vezes tornam-se uma ameaça ao poder estatal, substituindo-o na prática em alguns pontos de seu território, onde o poder coercitivo do Estado não se faz presente, manifestando-se somente a coerção dos bandos criminosos.
Nos primeiros agrupamentos humanos, a força provavelmente era a única componente do poder; mesmo na Idade Média permanecia com tal significado. Com o advento do capitalismo foram surgindo outras componentes que equilibram o poder manifesto pela força, muito embora ainda permaneça sendo um dos mais importantes componentes do poder.

1)    Sabemos que não possível abandonar inteiramente o uso da força mesmo numa sociedade democrática. Mas seu emprego gera ameaças a cidadania. O uso generalizado da força bruta e violenta pelas polícias tem conseguido eficácia na segurança pública? Justifique sua resposta. (valor 2,5)
Resposta:
O texto aborda o conceito de poder. Em um desses conceitos, abordou a força que seria a coerção física expressa através de armas de todo tipo.
É notório que o uso generalizado da força bruta e violenta pelas policias não tem conseguido eficácia nos números finais de combate a violência.
Observa-se uma polícia não treinada taticamente e despreparada psicologicamente para certas situações.
Hoje com o uso da tecnologia são muitos os flagrantes de abuso policial, onde os negros, pobres, pessoas excluídas socialmente são vítimas do abuso do poder.
Esses abusos não melhoram em nada a segurança pública. Só faz aumentar o ódio que os marginais sentem dos policiais, e aumentam as estatísticas de morte da guerra do tráfico de polícia e marginais.
É preciso sim a polícia exercer poder na segurança pública, mas poder no conceito inspirado em Weber e Robert Dahl onde poder de uma pessoa A sobre uma pessoa B é a capacidade de A de obter que B faça algo que não teria feito sem a intervenção de A, mas de forma inteligente, tática. Não basta só usar a força bruta e colocar bases de policias nas comunidades, junto com ele tem que entrar professores, médicos, psicólogos, nutricionistas, o esporte, a responsabilidade social. Desta forma os números da segurança pública serão positivos e eficazes com ações eficientes.
Fim da resposta 1.
Um conceito chave para Crozier e Friedberg é o de poder, que, “no plano mais geral, implica sempre a possibilidade, para alguns indivíduos ou grupos, de atuar sobre outros indivíduos ou grupos”. Desse modo, “atuar sobre o próximo é entrar em relação com ele; e é nesta relação onde se desenvolve o poder de uma pessoa A sobre uma pessoa B”,

b) A autoridade
Compreendemos autoridade como um direito estabelecido para tomar decisões e ordenar ações de outrem. Dito de outro modo, é a legitimação do poder, através da incorporação de conteúdo jurídico e/ou moral. Essa legitimidade assenta-se sobre o consentimento durável e tendente à unanimidade entre os membros de uma sociedade ou de um grupo social.
Max Weber identificou três tipos de autoridade, de acordo com a sua base de legitimidade, que já se tornaram clássicos nos estudos de ciências sociais: a burocrática (ou racional), a tradicional e a carismática.
Autoridade burocrática ou racional-legal, baseada no cargo ou posição formalmente instituída, é a autoridade investida no cargo que o indivíduo ocupa. Ele só tem essa autoridade enquanto estiver ocupando o cargo. O exercício da autoridade é legítimo por estar de acordo com as leis ou com as regras escritas. A lei é o princípio legitimador em função de sua racionalidade, independentemente do líder ou chefe que a faça cumprir. Há um consenso, em que as pessoas aceitam serem governadas através de um processo legal, evitando-se desse modo arbitrariedades. A lei gera organizações burocráticas. Exemplo: juiz, delegado, funcionário público. É o tipo de autoridade encontrada nos modernos Estados e empresas.
Autoridade tradicional, baseada na crença, normas e tradições sagradas e que as pessoas obedecem em virtude da tradição. Não há necessidade de legislação. A obediência à autoridade é devida à tradição e aos costumes, à vontade da pessoa. Não há a relação de capacitação com as funções a serem executadas. Legitima o poder no passado e no status herdado. A autoridade se constitui pela vassalagem dos súditos. Gera organizações administrativas e funcionais. Exemplos: rei, príncipe, padre, marido, pai etc.
administração patrimonial é constituída pela autoridade tradicional, que trata os negócios de governo como se fossem uma extensão de sua própria casa. Esse tipo de administração é encontrado em Estados centralizados e despóticos.
Autoridade carismática, baseada nas qualidades pessoais excepcionais do indivíduo (líder). “Baseada na veneração extra cotidiana da santidade, do poder heróico ou do caráter exemplar de uma pessoa e das ordens por ela reveladas ou criadas” (1991:141), a qual se obedece em função do carisma (imagem de notável sabedoria, invencibilidade ou santidade). Sua natureza é quase religiosa, e a organização ou sociedade permanecerá estável enquanto durar o líder. Exemplos: Cristo, Napoleão, Ghandi, Hitler, Martin Luther King, Perón etc.
Há muitos casos em que a força e a autoridade estão combinadas, como no exército, polícia ou prisão.
Os tipos de autoridade identificados por Max Weber são o que ele denomina “tipos ideais”, tipos considerados puros e que na prática são pouco comuns, pois de modo geral aparecem combinados.
Denominaremos de dominação ao exercício de poder legítimo, que se expressa através de qualquer um dos tipos de autoridade enunciados por Max Weber.
2)    Caracterize, com suas palavras, os três tipos de autoridade segundo Max Weber. Utilize no máximo 4 linhas para cada caracterização. Em seguida, avalie o tipo de autoridade inovadora do Papa Francisco: será que ele é apenas um líder tradicional ou agrega outros traços? (valor 2,5)
Resposta:
Autoridade burocrática ou racional-legal: Autoridade com bases nas leis que regem o estado. Dentro das leis o individuo ocupa um cargo, esse cargo exerce a autoridade burocrática. Exemplos: Delegado, Juíz, Funcionário público.
Autoridade tradicional: Autoridade baseada na tradição. A família é tradição, então o pai e a mãe possuem essa autoridade. A igreja é tradicional, então o Papa possuí essa autoridade.
Autoridade carismática: Baseada nas qualidades do indivíduo. Qualidades diferenciadas. Pode ser por sabedoria, luta, invencibilidade, santidade. Exemplos: Cristo, Gandhi.
O Papa Francisco pelo que tem demonstrado, não é somente uma autoridade tradicional. Ele é tradicional devido a tradição da igreja católica, a toda história da igreja católica, mas também é uma autoridade carismática devido a sua trajetória de vida e as qualidades de ternura, alegria e simpatia que ele transmite onde passa.





c) Influência
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Chamamos de influência a habilidade para afetar as decisões e ações de outros, mesmo não possuindo autoridade ou força para assim proceder. E influente um indivíduo que consegue modificar o comportamento dos outros sem ocupar um cargo público ou privado, e sem utilizar nenhuma forma de coerção física.
A influência tem aumentado sua importância como um componente do poder. Um aspecto que deve ser considerado é a posse de meios materiais ou não por parte de um grupo ou indivíduo que, utilizando de habilidade na manipulação do que possui, adquire maiores parcelas do poder, ou se constitui de fato numa fonte de poder, modificando o comportamento de outras pessoas de acordo com a sua vontade.
São inúmeros os elementos que podem se constituir em fonte de poder. Dentre os vários, podemos considerar a posse de conhecimentos como dos mais importantes. Com a democratização do acesso a um número enorme de informações, depende da habilidade de cada um influir sobre o comportamento de outras pessoas. A posse pura e simples do conhecimento não dá ao possuidor poder, ou seja, capacidade de influir em outrem. Só através da habilidade na manipulação desse conteúdo é que o indivíduo poderá transformá-lo em fonte efetiva de poder.
O mesmo ocorre com a posse de meios materiais (aqui não se incluem os meios materiais de destruição, como as armas, que são instrumentos de coerção, portanto de força), sejam eles quais forem e, dependendo do lugar (do espaço) e do tempo, podem ou não se transformar em fonte de poder. A posse de telefone celular está bastante disseminada hoje em dia, mas há regiões do planeta onde ainda é fonte de poder para quem o possui (ou seja, o poder depende do lugar). Anteriormente, quando surgiu, esse tipo de comunicação dava ao seu portador poder no meio social em que estava, pois poucos o possuíam.
3)    O líder é aquele que influencia. Influência independe de cargo ou tradição. Liderança com cargo é chefia. O líder tem competências e qualidades para influenciar. Pergunto:

3.1.       Um chefe pode ao mesmo tempo se tornar um líder?  Justifique sua resposta.
Resposta: Pode sim. Chefe é quem possui cargo de chefia, porem muitos chefes não tem qualidades de líderes, ou seja, não conseguem influenciar positivamente. Não afetam as decisões dos outros. Mas se esses chefes que não são líderes se capacitarem, estudarem, começarem a ter uma postura diferente, que influencie as pessoas nas tomadas de decisões, que sejam admirados, poderão sim tornarem-se líderes.
3.2.       Quais os cinco principais pontos fracos em sua liderança que você reconhece e que precisa desenvolver? (Gerir conflitos, saber ouvir, integrar pessoas, delegar, etc ).
Resposta: Entre os pontos fracos estão:
Saber falar em público para grandes plateias – Tenho que trabalhar isso.
Saber motivar o colaborador quando o mesmo encontra-se desmotivado.
Saber ser enérgico quando precisa.
Ser menos ansioso.
Saber gerir conflitos entre os colaboradores.

O texto acima foi retirado da obra de DIAS, Reinaldo. Sociologia das organizações. São Paulo: Ática, 2008.

O líder hoje
Artigo de Jorge Forbes publicado na revista WELCOME Congonhas, março de 2009 - ano 2 - número 23

Dez pontos para um líder no mundo atual
  1. Um líder hoje é diferente de ontem. Hoje estamos em uma sociedade de rede, uma sociedade plana, não vertical, o líder não pode se apresentar como um modelo a ser imitado, ou louvado como um ideal. Acabou a era dos líderes imperiais, mistura de sabedoria e poder.
  2. Um líder hoje tem que ter algo de carismático. Lembremos que os carismáticos eram os que tinham acesso a Deus sem intermediação, razão de sua perseguição pela Igreja. O carismático tem um compromisso com sua paixão, acima da vontade de ser compreendido pelo outro. Por essa postura, seduz, tem o algama, como diria Sócrates.
  3. Um líder hoje tem que estar pronto a suportar o mal-entendido. No mundo-mix não há uma razão maior unificante, que universalize (versão do um), que convença plenamente pela razão. Mais do que nunca vale o conselho: “Não se explique, nem se justifique”.
  4. Um líder hoje deve dar maior importância ao ressoar que ao raciocinar, “tá ligado”? Essa expressão dos jovens atuais aponta a um novo tipo de laço social que não é baseado na compreensão, como há até pouco tempo, mas na multiplicidade de estimulações. Só assim podemos compreender uma Techno-parade com dois milhões de pessoas que estão juntas no exercício de suas diferenças, não de uma igualdade.
  5. Um líder hoje deve ter uma história para contar, sim, mas, sobretudo, criatividade para inová-la. A sua história mais vale pela paixão vivida, que pelo exemplo moral do sofrimento. A ética do desejo é diferente da moral dos costumes.
  6. Um líder hoje deve adotar o Princípio Responsabilidade, não a utopia, nem o medo. O Princípio Responsabilidade exige dois movimentos: inventar uma solução e, em seguida, ser capaz de inscrevê-la ao mundo.
  7. Um líder hoje não deve se preocupar com nenhum figurino prêt-à-porter, mas com a convicção do seu gesto. Não haverá um líder igual a outro, acabou a pessoa com cara de líder.
  8. Um líder hoje deve preferir a razão sensível à razão ascética. Lógica com subjetividade será mais convincente que lógica com números. Números não emocionam.
  9. Um líder hoje deve saber que a cauda da distribuição de preferências é longa e que mais valem os detalhes do pouco a pouco, a atenção com as janelas quebradas, que propostas monumentais.
  10. Um líder hoje deve saber que na sociedade de comunicação o que mais vale é a própria comunicação, a interface, o contato, além de qualquer bem material: o líder deve ser a expressão de uma cultura.
4)    Questão. Selecione 3 itens dos 10 acima do psiquiatra e psicanalista Jorge Forbes (ele tem ótimos vídeos no YouTube também) com as quais mais se identificou e desenvolva uma reflexão sobre a importância do desenvolvimento deste potencial e o sucesso de sua carreira.  (valor 2,5)
Resposta:
Um líder hoje deve adotar o Princípio Responsabilidade, não a utopia, nem o medo. O Princípio Responsabilidade exige dois movimentos: inventar uma solução e, em seguida, ser capaz de inscrevê-la ao mundo.
Um líder hoje não deve se preocupar com nenhum figurino prêt-à-porter, mas com a convicção do seu gesto. Não haverá um líder igual a outro, acabou a pessoa com cara de líder.
Um líder hoje deve saber que na sociedade de comunicação o que mais vale é a própria comunicação, a interface, o contato, além de qualquer bem material: o líder deve ser a expressão de uma cultura.
Reflexão:
Se na minha carreira eu conseguir ser responsável inventando soluções e divulgando-as vou atender aos requisitos básicos da profissão de engenheiro. Sempre criando soluções e oportunidades de melhorias.
Autenticidade num líder é importante. Não se comparar com ninguém e não seguir conceitos pré estabelecidos é importante. E saber para suas ações que ninguém é igual a outro.
Comunicação é essencial para a liderança. Um exemplo claro de comunicação que ficou marcada na história foi o discurso de Martin Luther King para milhares de Norte Americanos. Saber contar sua história, representar o seu povo, sua cultura é importante, para toda e qualquer pessoa que quer ser uma liderança, e me identifico com essa abordagem.
Refletindo sobre os 3 tópicos, percebemos que os líderes possuem qualidades. No primeiro tópico qualidades de responsabilidade e inovação. No segundo convicção de suas atitudes. No terceiro a comunicação é fundamental para uma liderança. Essas características reforçam a definição de líder que foi abordada no texto deste estudo dirigido.






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