A invasão dos computadores.

A invasão dos computadores nos lares: Informação, menores “distâncias”, porém grande contribuição para seres humanos cada vez mais dependentes do mundo virtual, insensíveis, fechados e solitários.

Mais uma segunda-feira!

Levantei, falei com todos, tomei café.

Ainda me restava um tempinho antes do ônibus passar.

Então liguei o microcomputador para ver as notícias do fim de semana.

Estavam lá:

“39 homicídios em Salvador e Região Metropolitana”;

“Polícia não tem mais duvida, menina foi sufocada antes de ser atirada”;

“Estudante de engenharia mata companheira”.

Naveguei mais um pouco e depois de algum tempo, encontrei:

“Homem salva garota que se afogava na Lagoa do Abaeté”;

“Homem luta com Pitbull e salva garoto”.

Pensei comigo:

“Ufa, nem tudo está perdido!”.

Chegou o horário e fui pegar o ônibus.

Ônibus não tão cheio!

Sentei na janela. Logo sentou uma moça do meu lado, mas não demorou muito e se levantou, pois tinha desocupado um outro lugar na janela. Pensei:

“Será que tem algo errado comigo?”.

Outra moça fez o mesmo com o rapaz sentado 4 cadeiras adiante; levantou-se e foi para a cadeira da janela à frente!

Mais uma vez pensei comigo:

“Rapaz, as pessoas não se toleram!”.

No trabalho, de vez em quando, conversas rápidas no MSN.

Checava e respondia recadinhos no Orkut, lia notícias, etc!

E a semana foi passando.

Alguns fatos se repetindo, como aquele levantar e sentar no lado oposto, outros crimes, alguns atos de bravura, coragem ou amor à vida do próximo.

Então chegou a sexta-feira!

Naquele fim de semana, resolvi curtir em casa, na frente do microcomputador. MSN, Orkut, filmes, noticias e lá ia navegando...

Outro fim de semana.

Mais outro!

Os fatos se repetindo.

Mais uma sexta...

“Clic!”

“Ops!”

O microcomputador não liga.

“Não!”

“Isso não pode estar acontecendo!”

“Como vou jogar conversar fora?”

“Bater papo com meus amigos?”

“Como vou me divertir?”

“Oh, droga de computador!”